Avisos Paroquiais

2024-03-24

DOMINGO DE RAMOS NA PAIXÃO DO SENHOR

Vermelho – Ofício próprio (Semana II do Saltério).
† Missa própria, Credo, pf. próprio.

L 1 Is 50, 4-7; Sl 21 (22), 8-9. 17-18a. 19-20. 23-24
L 2 Flp 2, 6-11
Ev Mc 14, 1 – 15, 47 ou Mc 15, 1-39

* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Proibidas as Missas em oratórios privados.
* Na Diocese de Angra – Coleta da Renúncia Quaresmal.
* Na Diocese de Bragança-Miranda – Entrega da Renúncia Quaresmal.
* Na Diocese de Portalegre-Castelo Branco – Entrega da Renúncia Quaresmal.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.

Ano B

Missa

DOMINGO DE RAMOS NA PAIXÃO DO SENHOR

1. Neste dia, a Igreja recorda a entrada de Cristo, o Senhor, em Jerusalém, para consumar o seu mistério pascal. Por isso, em todas as Missas se come­mora esta entrada do Senhor na cidade santa: ou com a procissão, ou com a entrada solene antes da Missa principal, ou com a entrada simples antes das outras Missas. A entrada solene (mas sem procissão) pode repetir-se antes de outras Missas que se celebram com grande assistência de fiéis.

Onde não é possível fazer a procissão nem a entrada solene, convém que, no sábado à tarde ou no domingo, à hora mais oportuna, se faça uma Celebração da palavra de Deus, que tenha por tema a entrada messiânica e a Paixão do Senhor.

Comemoração da entrada do Senhor em Jerusalém
Primeira forma: Procissão

2. À hora marcada, reúnem-se todos numa igreja secundária ou noutro lugar apropriado fora da igreja para a qual se dirige a procissão. Os fiéis levam ramos na mão.

3. O sacerdote e o diácono, revestidos de paramentos vermelhos próprios da Missa, acompanhados dos outros ministros, dirigem-se para o lugar onde o povo está reunido. O sacerdote, em vez da casula, pode levar o pluvial, que deporá terminada a procissão, para vestir a casula.

4. Entretanto, canta-se a antífona seguinte ou outro cântico apropriado.

ANTÍFONA Mt 21, 9
Hossana ao Filho de David.
Bendito o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel.
Hossana nas alturas.

5. O sacerdote e os fiéis benzem-se, enquanto o sacerdote diz: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Depois, saúda o povo na forma habitual e faz uma breve admonição aos fiéis, exortando-os a participar ativa e conscientemente na celebração deste dia, dizendo estas palavras ou outras semelhantes:

Irmãos caríssimos:
Desde o princípio da Quaresma vimos a preparar-nos com obras de penitência e de caridade. Hoje, estamos aqui reunidos para darmos início, em união com toda a Igreja, à celebração do mistério pascal do Senhor, isto é, da sua paixão e ressurreição.
Foi para realizar este mistério da sua morte e ressurreição que Jesus Cristo entrou na sua cidade de Jerusalém. Por isso, recordando com fé e devoção esta entrada triunfal na cidade santa, acompanhare­mos o Senhor, de modo que, participando agora na sua cruz, mereçamos um dia tomar parte na sua ressurreição.

6. Seguidamente, o sacerdote, de braços abertos, diz uma das seguintes orações:

Oremos.
Deus todo-poderoso e eterno,
santificai com a vossa + bênção estes ramos,
para que, acompanhando a Cristo nosso Rei
nesta celebração festiva,
mereçamos entrar com Ele na Jerusalém celeste.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.
R. Amen.

Ou:
Senhor nosso Deus,
aumentai a fé dos que esperam em Vós
e ouvi com bondade as nossas humildes súplicas,
para que, aclamando com estes ramos a Cristo vitorioso,
permaneçamos unidos a Ele
e dêmos fruto abundante de boas obras.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.
R. Amen.

Terminada a oração, asperge os ramos com água benta, sem dizer nada.
7. A seguir, o diácono ou, na falta dele, o sacerdote faz a proclamação do Evangelho da entrada do Senhor, segundo o texto evangélico correspondente a cada um dos ciclos. Se for oportuno, pode usar-se o incenso.


Ano B Mc 11, 1-10
+ Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo segundo são Marcos.

Naquele tempo,
1 quando se aproximaram de Jerusalém,
nas cercanias de Betfagé e de Betânia, perto do Monte das Oliveiras,
Jesus enviou dois dos seus discípulos, 2 dizendo-lhes:
«Ide à povoação aí em frente
e en­contrareis logo à entrada um jumentinho preso
que ninguém montou ainda.
Soltai-o e trazei-o.
3 Se alguém perguntar porque o fazeis, respondei:
“O Senhor precisa dele,
mas não tardará em mandá-lo novamente para aqui”».
4 Eles partiram
e encontraram um jumentinho preso, na rua, jun­to a uma porta,
e soltaram-no.
5 Alguns dos que estavam ali pergun­taram-lhes:
«Porque estais a soltar o jumentinho?»
6 Responderam como Jesus tinha dito,
e eles deixaram que o levassem.
7 Os discípulos trouxeram o jumentinho a Jesus
e puseram as ca­pas em cima;
e Jesus sentou-Se sobre ele.
8 Então muitos estenderam as suas capas pelo caminho;
outros puseram ramos que tinham cortado no campo.
9 E tanto os que seguiam à frente
como os que vinham atrás exclamavam:
«Hossana! Bendito o que vem em nome do Senhor!
10 Bendito o reino que vem, o reino do nosso pai David!
Hossana nas alturas!»
Palavra da salvação.


Ou: Jo 12, 12-16
+ Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo segundo são João.
Naquele tempo,

12 a grande multidão que tinha vindo à festa da Páscoa,
ao ouvir dizer que Jesus ia chegar a Jerusalém,
13 tomou ramos de oliveira e saiu ao seu encontro, clamando:
«Hossana! Bendito o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel!»
14 Jesus encontrou um jumentinho e montou em cima dele,
conforme está escrito:
15 «Não temas, filha de Sião.
Aí vem o teu Rei, sentado sobre o filho de uma jumenta».
16 Os discípulos não o compreenderam a princípio;
mas quando Je­sus foi glorificado,
lembraram-se de que estava escrito acerca d’Ele
o que lhe tinham feito.
Palavra da salvação.


8. Depois do Evangelho, pode fazer-se uma breve homilia. Para anunciar o começo da procissão, o sacerdote ou o diácono ou outro ministro leigo idóneo pode fazer uma admonição, dizendo estas palavras ou outras semelhantes:
Imitemos, irmãos caríssimos,
a multidão que aclamava Jesus na cidade santa de Jerusalém
e caminhemos em paz.

Ou:
Caminhemos em paz.
Neste caso, respondem todos:
Em nome de Cristo. Amen.

9. Inicia-se a procissão na forma habitual em direção à igreja onde é celebrada a Missa.
À frente vai o turiferário com o turíbulo aceso (caso se use o incenso); depois, no meio de dois ministros com velas acesas, o acólito ou outro ministro leva a cruz ornamentada com ramos de palmeira, conforme os costumes locais. Segue-se o diácono, que leva o livro dos Evangelhos, e o sacerdote com os outros ministros; final­mente, os fiéis com os ramos na mão.
Durante a procissão, os cantores e o povo cantam os seguintes cânticos ou outros apropriados em honra de Cristo Rei.

ANTÍFONA I
As crianças de Jerusalém foram ao encontro do Senhor
com ramos de oliveira, clamando com alegria:
Hossana nas alturas.
Esta antífona pode repetir-se entre as estrofes do salmo seguinte.

Salmo 23
Do Senhor é a terra e o que nela existe, *
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares *
e a consolidou sobre as águas. Ant.

Quem poderá subir à montanha do Senhor? *
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração puro, *
que não invocou o seu nome em vão nem jurou falso. Ant.

Este será abençoado pelo Senhor *
e recompensado por Deus, seu Salvador.
Esta é a geração dos que O procuram, *
que procuram a face do Deus de Jacob. Ant.

Levantai, ó portas, os vossos umbrais, *
alteai-vos, pórticos antigos, †
e entrará o Rei da glória.
Quem é esse Rei da glória? *
O Senhor forte e poderoso, †
o Senhor poderoso nas batalhas. Ant.

Levantai, ó portas, os vossos umbrais, *
alteai-vos, pórticos antigos, †
e entrará o Rei da glória.
Quem é esse Rei da glória? *
O Senhor dos Exércitos, †
é Ele o Rei da glória. Ant.

ANTÍFONA II
As crianças de Jerusalém estendiam os seus mantos no caminho,
clamando com alegria: Hossana ao Filho de David.
Bendito o que vem em nome do Senhor.
Esta antífona pode repetir-se entre as estrofes do salmo seguinte.

Salmo 46
Povos todos, batei palmas, *
aclamai a Deus com brados de alegria,
porque o Senhor, o Altíssimo, é terrível, *
o Rei soberano de toda a terra. Ant.

Submeteu os povos à nossa obediência *
e pôs as nações a nossos pés.
Para nós escolheu a nossa herança, *
glória de Jacob, por Ele amado. Ant.

Deus subiu entre aclamações, *
o Senhor subiu ao som da trombeta.
Cantai hinos a Deus, cantai, *
cantai hinos ao nosso Rei, cantai. Ant.

Deus é Rei do universo: *
cantai os hinos mais belos.
Deus reina sobre os povos, *
Deus está sentado no trono sagrado. Ant.

Reuniram-se os príncipes dos povos *
ao povo do Deus de Abraão.
Porque a Deus pertencem os poderes da terra, *
Ele está acima de todas as coisas. Ant.

Hino a Cristo Rei

Todos:
Glória, honra e louvor a Jesus Cristo,
Que é nosso Rei e nosso Redentor.
Como as crianças de Jerusalém,
Cantemos ao que vem
Em nome do Senhor.

Coro:
Louvam os anjos no alto dos céus,
Os homens cantam com ramos e palmas:
Bendito seja o Filho de David,
Senhor do mundo e Rei das nossas almas.
Todos: Glória, honra e louvor ...

Coro:
Exulta o universo de alegria,
Aclamando a vitória do Deus forte:
O Cordeiro votado ao sacrifício
É o Senhor que vai vencer a morte.
Todos: Glória, honra e louvor ...

Coro:
A alegria do povo resgatado,
Que celebra o triunfo de Jesus,
Seja um dia perfeita e gloriosa
Na claridade da eterna luz.
Todos: Glória, honra e louvor ...

10. À entrada da procissão na igreja, canta-se o responsório seguinte ou outro cântico alusivo à entrada do Senhor.
V. Ao entrar o Senhor na cidade santa,
as crianças de Jerusalém, com ramos de palmeira,
anunciaram a ressurreição da vida,
cantando alegremente:
R. Hossana nas alturas.

V. Quando o povo ouviu dizer
que Jesus vinha para Jerusalém,
saiu ao seu encontro com ramos de palmeira,
cantando alegremente:
R. Hossana nas alturas.

11. Ao chegar ao altar, o sacerdote faz-lhe a devida reverência e, conforme as circunstâncias, incensa-o. Seguidamente, dirige-se para a sua cadeira, depõe o pluvial, se o usou, e veste a casula. Omitindo os outros ritos iniciais e, conforme as circunstâncias, o Senhor, tende piedade (Kýrie), diz a oração coleta da Missa. Terminada esta oração, a Missa continua na forma habitual.

Segunda forma: Entrada solene

12. Quando não é possível fazer a procissão fora da igreja, a entrada do Senhor celebra-se dentro da igreja, com a entrada solene antes da Missa principal.

13. Os fiéis, com os ramos na mão, reúnem-se ou diante da porta da igreja ou dentro dela. O sacerdote, os ministros e uma representação dos fiéis diri­gem-se para um lugar apropriado da igreja, fora do presbitério, onde, pelo menos, a maior parte dos fiéis possa ver a ação ritual.

14. Enquanto o sacerdote se encaminha para o lugar indicado, canta-se a antífona Hossana ou outro cântico apropriado. Em seguida, faz-se a bênção dos ramos e a proclamação do Evangelho da entrada do Senhor em Jerusalém, como ficou in­dicado acima (nn. 5-7). Depois do Evangelho, o sacerdote, com os ministros e a representação dos fiéis, avança solenemente em direção ao presbitério. Entretanto, canta-se o responsório Ao entrar o Senhor (n. 10) ou outro cântico apropriado.

15. Tendo chegado ao altar, o sacerdote faz-lhe a devida reverência. Depois, dirige-se para a sua cadeira e, omitindo os ritos iniciais da Missa e, conforme as circunstâncias, o Senhor, tende piedade (Kýrie), diz a oração coleta da Missa, que prossegue na forma habitual.

Terceira forma: Entrada simples

16. Em todas as outras Missas, em que não se faz a entrada solene, recorda-se a entrada do Senhor em Jerusalém de uma forma simples.

17. Enquanto o sacerdote se encaminha para o altar, canta-se a antífona de entrada com o respetivo salmo (n. 18) ou outro cântico alusivo à entrada do Senhor. Tendo chegado ao altar, o sacerdote faz-lhe a devida reverência e dirige-se para a sua cadeira. Depois de se benzer, saúda o povo; a Missa continua na forma habitual.
Nas Missas em que não é possível cantar a antífona ou cântico de entrada, o sacerdote saúda o povo, imediatamente depois de chegar ao altar e de lhe ter feito a de­vida reverência, e lê a antífona de entrada. Depois, continua a Missa na forma habitual.

12. Antífona de entrada Cf. Jo 12, 1.12-13; Sl 23, 9-10
Seis dias antes da Páscoa, o Senhor entrou em Jerusalém
e as crianças vieram ao seu encontro, com ramos de palmeira,
cantando com alegria:
Hossana nas alturas.

Bendito sejais, Senhor,
que vindes trazer ao mundo a misericórdia de Deus.
Levantai, ó portas, os vossos umbrais,
alteai-vos, pórticos antigos, e entrará o Rei da glória.

Quem é esse Rei da glória?
O Senhor dos Exércitos, é Ele o Rei da glória.
Hossana nas alturas.
Bendito sejais, Senhor,
que vindes trazer ao mundo a misericórdia de Deus.


MISSA

19. Depois da procissão ou da entrada solene, o sacerdote começa a Missa com a oração coleta.

20. Oração coleta
Deus todo-poderoso e eterno,
que, para salvar a humanidade,
quisestes que o nosso Salvador Se fizesse homem
e suportasse a cruz,
fazei que vivamos unidos a Ele na sua paixão
para chegarmos a tomar parte na glória da sua ressurreição.
Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


Liturgia da Palavra

Leitura I Is. 50, 4-7
«Não desviei o meu rosto dos que Me ultrajavam,
mas sei que não ficarei desiludido»

Esta leitura é um dos chamados “Cânticos do Servo do Senhor”. Este Servo revela-se plenamente em Jesus, na sua Paixão: Ele escuta a palavra do Pai e responde-lhe cheio de confiança, oferecendo-Se, em obediência total, pela salvação dos homens.

Leitura do Livro de Isaías
O Senhor deu-me a graça de falar como um discípulo, para que eu saiba dizer uma palavra de alento aos que andam abatidos. Todas as manhãs Ele desperta os meus ouvidos, para eu escutar, como escutam os discípulos. O Senhor Deus abriu-me os ouvidos e eu não resisti nem recuei um passo. Apresentei as costas àqueles que me batiam e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me insultavam e cuspiam. Mas o Senhor Deus veio em meu auxílio, e, por isso, não fiquei envergonhado; tornei o meu rosto duro como pedra, e sei que não ficarei desiludido.
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Sal. 21 (22), 8-9.17-18a.19-20.23-24 (R. 2a)
Refrão: Meu Deus, meu Deus,
porque me abandonastes? Repete-se

Todos os que me veem escarnecem de mim,
estendem os lábios e meneiam a cabeça:
«Confiou no Senhor, Ele que o livre,
Ele que o salve, se é seu amigo». Refrão

Matilhas de cães me rodearam,
cercou-me um bando de malfeitores.
Trespassaram as minhas mãos e os meus pés,
posso contar todos os meus ossos. Refrão

Repartiram entre si as minhas vestes
e deitaram sortes sobre a minha túnica.
Mas Vós, Senhor, não Vos afasteis de mim,
sois a minha força, apressai-Vos a socorrer-me. Refrão

Hei-de falar do vosso nome aos meus irmãos,
hei de louvar-Vos no meio da assembleia.
Vós, que temeis o Senhor, louvai-O,
glorificai-O, vós todos os filhos de Jacob,
reverenciai-O, vós todos os filhos de Israel. Refrão


LEITURA II Flp 2, 6-11
«Humilhou-Se a Si próprio; por isso Deus O exaltou»

Esta leitura é também um cântico, mas agora do Novo Testamento, muito provavelmente em uso nas primitivas comunidades cristãs. Nele é celebrado o Mistério Pascal: Cristo fez-Se um de nós, obedeceu aos desígnios do Pai e humilhou-Se até à morte, e foi, por isso, exaltado até à glória de “Senhor”, que é a própria glória de Deus.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses
Cristo Jesus, que era de condição divina, não Se valeu da sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a Si próprio. Assumindo a condição de servo, tornou-Se semelhante aos homens. Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais, obedecendo até à morte e morte de cruz. Por isso Deus O exaltou e Lhe deu um nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus todos se ajoelhem no céu, na terra e nos abismos, e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.
Palavra do Senhor.


ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Filip 2, 8-9
Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória Repete-se
Cristo obedeceu até à morte
e morte de cruz.
Por isso Deus O exaltou
e Lhe deu um nome
que está acima de todos os nomes. Refrão


Evangelho – forma longa Mc 14, 1 – 15, 47
O Evangelho de São Marcos é o mais antigo, porque escrito antes dos outros, e é também o mais breve, não só na história da Paixão como em todo ele. Este evangelista aponta com bastante realismo alguns episódios fruto de especial observação de situações particulares e até pitorescas, como a que envolve o servo do sumo sacerdote aquando da prisão de Jesus.

N Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo
segundo São Marcos
Faltavam dois dias para a festa da Páscoa
e dos Ázimos
e os príncipes dos sacerdotes e os escribas
procuravam maneira de se apoderarem
de Jesus à traição para Lhe darem a morte.
Mas diziam:
R «Durante a festa, não,
para que não haja algum tumulto entre o povo».
N Jesus encontrava-Se em Betânia,
em casa de Simão o Leproso,
e, estando à mesa,
veio uma mulher que trazia um vaso de alabastro
com perfume de nardo puro de alto preço.
Partiu o vaso de alabastro
e derramou-o sobre a cabeça de Jesus.
Alguns indignaram-se e diziam entre si:
R «Para que foi esse desperdício de perfume?
Podia vender-se por mais de duzentos denários
e dar o dinheiro aos pobres».
N E censuravam a mulher com aspereza.
Mas Jesus disse:
J «Deixai-a. Porque estais a importuná-la?
Ela fez uma boa ação para comigo.
Na verdade, sempre tereis os pobres convosco
e, quando quiserdes, podereis fazer-lhes bem;
mas a Mim, nem sempre Me tereis.
Ela fez o que estava ao seu alcance:
ungiu de antemão o meu corpo para a sepultura.
Em verdade vos digo:
Onde quer que se proclamar o Evangelho,
pelo mundo inteiro,
dir-se-á também em sua memória o que ela fez».
N Então, Judas Iscariotes, um dos Doze,
foi ter com os príncipes dos sacerdotes
para lhes entregar Jesus.
Quando o ouviram, alegraram-se
e prometeram dar-lhe dinheiro.
E ele procurava uma oportunidade para entregar Jesus.
N No primeiro dia dos Ázimos,
em que se imolava o cordeiro pascal,
os discípulos perguntaram a Jesus:
R «Onde queres que façamos os preparativos
para comer a Páscoa?».
N Jesus enviou dois discípulos e disse-lhes:
J «Ide à cidade.
Virá ao vosso encontro um homem
com uma bilha de água.
Segui-o e, onde ele entrar, dizei ao dono da casa:
‘O Mestre pergunta: Onde está a sala,
em que hei de comer a Páscoa com os meus discípulos?’.
Ele vos mostrará uma grande sala no andar superior,
alcatifada e pronta.
Preparai-nos lá o que é preciso».
N Os discípulos partiram e foram à cidade.
Encontraram tudo como Jesus lhes tinha dito
e prepararam a Páscoa.
Ao cair da tarde, chegou Jesus com os Doze.
Enquanto estavam à mesa e comiam,
Jesus disse:
J «Em verdade vos digo:
Um de vós, que está comigo à mesa, há de entregar-Me».
N Eles começaram a entristecer-se e a dizer um após outro:
R «Serei eu?».
N Jesus respondeu-lhes:
J «É um dos Doze, que mete comigo a mão no prato.
O Filho do homem vai partir,
como está escrito a seu respeito,
mas ai daquele por quem o Filho do homem vai ser traído!
Teria sido melhor para esse homem não ter nascido».
N Enquanto comiam, Jesus tomou o pão,
recitou a bênção e partiu-o,
deu-o aos discípulos e disse:
J «Tomai: isto é o meu Corpo».
N Depois tomou um cálice, deu graças e entregou-lho.
E todos beberam dele.
Disse Jesus:
J «Este é o meu Sangue, o Sangue da nova aliança,
derramado pela multidão dos homens.
Em verdade vos digo:
Não voltarei a beber do fruto da videira,
até ao dia em que beberei do vinho novo
no reino de Deus».
N Cantaram os salmos e saíram para o monte das Oliveiras.
N Disse-lhes Jesus:
J «Todos vós Me abandonareis, como está escrito:
‘Ferirei o pastor e dispersar-se-ão as ovelhas’.
Mas depois de ressuscitar,
irei à vossa frente para a Galileia».
N Disse-Lhe Pedro:
R «Embora todos Te abandonem, eu não».
N Jesus respondeu-lhe:
J «Em verdade te digo:
Hoje, esta mesma noite, antes de o galo cantar
duas vezes, três vezes Me negarás».
N Mas Pedro continuava a insistir:
R «Ainda que tenha de morrer contigo, não Te negarei».
N E todos afirmaram o mesmo.
Entretanto, chegaram a uma propriedade
chamada Getsémani
e Jesus disse aos seus discípulos:
J «Ficai aqui, enquanto Eu vou orar».
N Tomou consigo Pedro, Tiago e João
e começou a sentir pavor e angústia.
Disse-lhes então:
J «A minha alma está numa tristeza de morte.
Ficai aqui e vigiai».
N Adiantando-Se um pouco, caiu por terra
e orou para que, se fosse possível,
se afastasse d’Ele aquela hora.
Jesus dizia:
J «Abá, Pai, tudo Te é possível:
afasta de Mim este cálice.
Contudo, não se faça o que Eu quero,
mas o que Tu queres».
N Depois, foi ter com os discípulos,
encontrou-os a dormir e disse a Pedro:
J «Simão, estás a dormir?
Não pudeste vigiar uma hora?
Vigiai e orai, para não entrardes em tentação.
O espírito está pronto, mas a carne é fraca».
N Afastou-Se de novo e orou,
dizendo as mesmas palavras.
Voltou novamente e encontrou-os dormindo,
porque tinham os olhos pesados
e não sabiam que responder.
Jesus voltou pela terceira vez e disse-lhes:
J «Dormi agora e descansai...
Chegou a hora: o Filho do homem
vai ser entregue às mãos dos pecadores.
Levantai-vos. Vamos.
Já se aproxima aquele que Me vai entregar».
N Ainda Jesus estava a falar,
quando apareceu Judas, um dos Doze,
e com ele uma grande multidão, com espadas e varapaus,
enviada pelos príncipes dos sacerdotes,
pelos escribas e os anciãos.
O traidor tinha-lhes dado este sinal:
«Aquele que eu beijar, é esse mesmo.
Prendei-O e levai-O bem seguro».
Logo que chegou, aproximou-se de Jesus
e beijou-O, dizendo:
R «Mestre».
N Então deitaram-Lhe as mãos e prenderam-n’O.
Um dos presentes puxou da espada
e feriu o servo do sumo sacerdote,
cortando-lhe a orelha.
Jesus tomou a palavra e disse-lhes:
J «Vós saístes com espadas e varapaus para Me prender,
como se fosse um salteador.
Todos os dias Eu estava no meio de vós,
a ensinar no templo,
e não Me prendestes!
Mas é para se cumprirem as Escrituras».
N Então os discípulos deixaram-n’O e fugiram todos.
Seguiu-O um jovem, envolto apenas num lençol.
Agarraram-no, mas ele, largando o lençol,
fugiu nu.
N Levaram então Jesus à presença
do sumo sacerdote,
onde se reuniram todos os príncipes dos sacerdotes,
os anciãos e os escribas.
Pedro, que O seguira de longe,
até ao interior do palácio do sumo sacerdote,
estava sentado com os guardas, a aquecer-se ao lume.
Entretanto, os príncipes dos sacerdotes
e todo o Sinédrio
procuravam um testemunho contra Jesus
para Lhe dar a morte,
mas não o encontravam.
Muitos testemunhavam falsamente contra Ele,
mas os seus depoimentos não eram concordes.
Levantaram-se então alguns,
para proferir contra Ele este falso testemunho:
R «Ouvimo-l’O dizer:
‘Destruirei este templo feito pelos homens
e em três dias construirei outro
que não será feito pelos homens’».
N Mas nem assim o depoimento deles era concorde.
Então o sumo sacerdote levantou-se no meio de todos
e perguntou a Jesus:
R «Não respondes nada ao que eles depõem contra Ti?».
N Mas Jesus continuava calado e nada respondeu.
O sumo sacerdote voltou a interrogá-l’O:
R «És Tu o Messias, Filho do Deus Bendito?».
N Jesus respondeu:
J «Eu Sou. E vós vereis o Filho do homem
sentado à direita do Todo-poderoso
vir sobre as nuvens do céu».
N O sumo sacerdote rasgou as vestes e disse:
R «Que necessidade temos ainda de testemunhas?
Ouvistes a blasfémia. Que vos parece?».
N Todos sentenciaram que Jesus era réu de morte.
Depois, alguns começaram a cuspir-Lhe,
a tapar-Lhe o rosto com um véu
e a dar-Lhe punhadas, dizendo:
R «Adivinha».
N E os guardas davam-Lhe bofetadas.
Pedro estava em baixo, no pátio,
quando chegou uma das criadas do sumo sacerdote.
Ao vê-lo a aquecer-se, olhou-o de frente e disse-lhe:
R «Tu também estavas com Jesus, o Nazareno».
N Mas ele negou:
R «Não sei nem entendo o que dizes».
N Depois saiu para o vestíbulo e o galo cantou.
A criada, vendo-o de novo,
começou a dizer aos presentes:
R «Este é um deles».
N Mas ele negou segunda vez.
Pouco depois, os presentes diziam também a Pedro:
R «Na verdade, tu és deles, pois também és galileu».
N Mas ele começou a dizer imprecações e a jurar:
R «Não conheço esse homem de quem falais».
N E logo o galo cantou pela segunda vez.
Então Pedro lembrou-se do que Jesus lhe tinha dito:
«Antes de o galo cantar duas vezes,
três vezes Me negarás».
E desatou a chorar.
N Logo de manhã,
os príncipes dos sacerdotes reuniram-se em conselho
com os anciãos e os escribas e todo o Sinédrio.
Depois de terem manietado Jesus,
foram entregá-l’O a Pilatos.
Pilatos perguntou-Lhe:
R «Tu és o Rei dos judeus?».
N Jesus respondeu:
J «É como dizes».
N E os príncipes dos sacerdotes
faziam muitas acusações contra Ele.
Pilatos interrogou-O de novo:
R «Não respondes nada? Vê de quantas coisas
Te acusam».
N Mas Jesus nada respondeu,
de modo que Pilatos estava admirado.
Pela festa da Páscoa,
Pilatos costumava soltar-lhes um preso à sua escolha.
Havia um, chamado Barrabás,
preso com os insurrectos
que numa revolta tinham cometido um assassínio.
A multidão, subindo,
começou a pedir o que era costume conceder-lhes.
Pilatos respondeu:
R «Quereis que vos solte o Rei dos judeus?».
N Ele sabia que os príncipes dos sacerdotes
O tinham entregado por inveja.
Entretanto, os príncipes dos sacerdotes
incitaram a multidão
a pedir que lhes soltasse antes Barrabás.
Pilatos, tomando de novo a palavra, perguntou-lhes:
R «Então que hei de fazer d’Aquele
que chamais o Rei dos judeus?».
N Eles gritaram de novo:
R «Crucifica-O!».
N Pilatos insistiu:
R «Que mal fez Ele?».
N Mas eles gritaram ainda mais:
R «Crucifica-O!».
N Então Pilatos, querendo contentar a multidão,
soltou-lhes Barrabás
e, depois de ter mandado açoitar Jesus,
entregou-O para ser crucificado.
Os soldados levaram-n’O para dentro do palácio,
que era o pretório, e convocaram toda a coorte.
Revestiram-n’O com um manto de púrpura
e puseram-Lhe na cabeça uma coroa de espinhos
que haviam tecido. Depois começaram a saudá-l’O:
R «Salve, Rei dos judeus!».
N Batiam-Lhe na cabeça com uma cana, cuspiam-Lhe
e, dobrando os joelhos, prostravam-se diante d’Ele.
Depois de O terem escarnecido,
tiraram-Lhe o manto de púrpura
e vestiram-Lhe as suas roupas.
Em seguida levaram-n’O dali para O crucificarem.
N Requisitaram, para Lhe levar a cruz,
um homem que passava, vindo do campo,
Simão de Cirene, pai de Alexandre e Rufo.
E levaram Jesus ao lugar do Gólgota,
quer dizer, lugar do Calvário.
Queriam dar-Lhe vinho misturado com mirra,
mas Ele não o quis beber. Depois crucificaram-n’O.
E repartiram entre si as suas vestes,
tirando-as à sorte, para verem o que levaria cada um.
Eram nove horas da manhã quando O crucificaram.
O letreiro que indicava a causa da condenação
tinha escrito: «Rei dos Judeus».
Crucificaram com Ele dois salteadores,
um à direita e outro à esquerda.
Os que passavam insultavam-n’O
e abanavam a cabeça, dizendo:
R «Tu que destruías o templo e o reedificavas em três dias,
salva-Te a Ti mesmo e desce da cruz».
N Os príncipes dos sacerdotes e os escribas
troçavam uns com os outros, dizendo:
R «Salvou os outros e não pode salvar-Se a Si mesmo!
Esse Messias, o Rei de Israel, desça agora da cruz,
para nós vermos e acreditarmos».
N Até os que estavam crucificados com Ele O injuriavam.
Quando chegou o meio-dia,
as trevas envolveram toda a terra até às três horas da tarde.
E às três horas da tarde, Jesus clamou com voz forte:
J «Eloí, Eloí, lemá sabactáni?».
N Que quer dizer:
«Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonastes?».
Alguns dos presentes, ouvindo isto, disseram:
R «Está a chamar por Elias».
N Alguém correu a embeber uma esponja em vinagre
e, pondo-a na ponta duma cana, deu-Lhe a beber e disse:
R «Deixa ver se Elias vem tirá-l’O dali».
N Então Jesus, soltando um grande brado, expirou.
O véu do templo rasgou-se em duas partes de alto a baixo.
O centurião que estava em frente de Jesus,
ao vê-l’O expirar daquela maneira, exclamou:
R «Na verdade, este homem era Filho de Deus».
N Estavam também ali umas mulheres a observar de longe,
entre elas Maria Madalena,
Maria, mãe de Tiago e de José, e Salomé,
que acompanhavam e serviam Jesus,
quando estava na Galileia,
e muitas outras que tinham subido com Ele a Jerusalém.
Ao cair da tarde
– visto ser a Preparação, isto é, a véspera do sábado –
José de Arimateia, ilustre membro do Sinédrio,
que também esperava o reino de Deus,
foi corajosamente à presença de Pilatos
e pediu-lhe o corpo de Jesus.
Pilatos ficou admirado de Ele já estar morto
e, mandando chamar o centurião,
perguntou-lhe se Jesus já tinha morrido.
Informado pelo centurião,
ordenou que o corpo fosse entregue a José.
José comprou um lençol,
desceu o corpo de Jesus e envolveu-O no lençol;
depois depositou-O num sepulcro escavado na rocha
e rolou uma pedra para a entrada do sepulcro.
Entretanto, Maria Madalena e Maria, mãe de José,
observavam onde Jesus tinha sido depositado.
N Palavra da salvação.


EVANGELHO – Forma breve Mc 15, 1-39
N Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo
segundo S. Marcos
Naquele tempo,
os príncipes dos sacerdotes reuniram-se em conselho,
logo de manhã,
com os anciãos e os escribas, isto é, todo o Sinédrio.
Depois de terem manietado Jesus,
foram entregá-l’O a Pilatos.
Pilatos perguntou-Lhe:
R «Tu és o Rei dos judeus?».
N Jesus respondeu:
J «É como dizes».
N E os príncipes dos sacerdotes
faziam muitas acusações contra Ele.
Pilatos interrogou-O de novo:
R «Não respondes nada? Vê de quantas coisas Te acusam».
N Mas Jesus nada respondeu,
de modo que Pilatos estava admirado.
Pela festa da Páscoa,
Pilatos costumava soltar-lhes um preso à sua escolha.
Havia um, chamado Barrabás, preso com os insurrectos,
que numa revolta tinham cometido um assassínio.
A multidão, subindo,
começou a pedir o que era costume conceder-lhes.
Pilatos respondeu:
R «Quereis que vos solte o Rei dos judeus?».
N Ele sabia que os príncipes dos sacerdotes
O tinham entregado por inveja.
Entretanto, os príncipes dos sacerdotes
incitaram a multidão
a pedir que lhes soltasse antes Barrabás.
Pilatos, tomando de novo a palavra, perguntou-lhes:
R «Então, que hei de fazer d’Aquele
que chamais o Rei dos judeus?».
N Eles gritaram de novo:
R «Crucifica-O!».
N Pilatos insistiu:
R «Que mal fez Ele?».
N Mas eles gritaram ainda mais:
R «Crucifica-O!».
N Então Pilatos, querendo contentar a multidão,
soltou-lhes Barrabás
e, depois de ter mandado açoitar Jesus,
entregou-O para ser crucificado.
Os soldados levaram-n’O para dentro do palácio,
que era o pretório,
e convocaram toda a coorte.
Revestiram-n’O com um manto de púrpura
e puseram-Lhe na cabeça uma coroa de espinhos
que haviam tecido.
Depois começaram a saudá-l’O:
R «Salve, Rei dos judeus!».
N Batiam-Lhe na cabeça com uma cana, cuspiam-Lhe
e, dobrando os joelhos, prostravam-se diante d’Ele.
Depois de O terem escarnecido,
tiraram-Lhe o manto de púrpura
e vestiram-Lhe as suas roupas.
Em seguida levaram-n’O dali para O crucificarem.
N Requisitaram, para Lhe levar a cruz,
um homem que passava, vindo do campo,
Simão de Cirene, pai de Alexandre e Rufo.
E levaram Jesus ao lugar do Gólgota,
quer dizer, lugar do Calvário.
Queriam dar-Lhe vinho misturado com mirra,
mas Ele não o quis beber.
Depois crucificaram-n’O.
E repartiram entre si as suas vestes,
tirando-as à sorte, para verem o que levaria cada um.
Eram nove horas da manhã quando O crucificaram.
O letreiro que indicava a causa da condenação
tinha escrito: «Rei dos Judeus».
Crucificaram com Ele dois salteadores,
um à direita e outro à esquerda.
Os que passavam insultavam-n’O
e abanavam a cabeça, dizendo:
R «Tu que destruías o templo e o reedificavas em três dias,
salva-Te a Ti mesmo e desce da cruz».
N Os príncipes dos sacerdotes e os escribas
troçavam uns com os outros, dizendo:
R «Salvou os outros e não pode salvar-Se a Si mesmo!
Esse Messias, o Rei de Israel, desça agora da cruz,
para nós vermos e acreditarmos».
N Até os que estavam crucificados com Ele O injuriavam.
Quando chegou o meio-dia,
as trevas envolveram toda a terra
até às três horas da tarde.
E às três horas da tarde, Jesus clamou com voz forte:
J «Eloí, Eloí, lemá sabactáni?».
N Que quer dizer:
«Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonastes?».
Alguns dos presentes, ouvindo isto, disseram:
R «Está a chamar por Elias».
N Alguém correu a embeber uma esponja em vinagre
e, pondo-a na ponta duma cana,
deu-Lhe a beber e disse:
R «Deixa ver se Elias vem tirá-l’O dali».
N Então Jesus, soltando um grande brado, expirou.
O véu do templo rasgou-se em duas partes de alto a baixo.
O centurião que estava em frente de Jesus,
ao vê-l’O expirar daquela maneira, exclamou:
R «Na verdade, este homem era Filho de Deus».
N Palavra da salvação.


Diz-se o Credo.


23. ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Pela paixão do vosso Filho unigénito,
apressai, Senhor, a hora da nossa reconciliação:
concedei-nos, por este único e admirável sacrifício,
a misericórdia que nossos pecados não merecem.
Por Cristo nosso Senhor.

24. Prefácio A Paixão do Senhor
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte,
por nosso Senhor Jesus Cristo.
Sendo inocente, entregou-Se à morte pelos pecadores;
não tendo culpas, deixou-Se condenar pelos culpados.
A sua morte redimiu os nossos pecados
e a sua ressurreição abriu-nos as portas da salvação.
Por isso, com todos os anjos,
proclamamos a vossa glória,
dizendo (cantando) com alegria:
Santo, Santo, Santo,
Senhor Deus do universo.
O céu e a terra proclamam a vossa glória.
Hossana nas alturas.
Bendito O que vem em nome do Senhor.
Hossana nas alturas.

25. ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 26, 42
Pai, se este cálice não pode passar sem que Eu o beba,
faça-se a tua vontade.

26. ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Saciados com estes dons sagrados,
nós Vos pedimos, Senhor:
assim como, pela morte do vosso Filho,
nos fizestes esperar o que a nossa fé nos promete,
fazei-nos também chegar, pela sua ressurreição,
às alegrias do reino que esperamos.
Por Cristo nosso Senhor.

27. Oração sobre o povo
Olhai benignamente, Senhor, para a vossa família,
pela qual nosso Senhor Jesus Cristo
Se entregou às mãos dos seus inimigos
e suportou a cruz.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.

Martirológio

1. Em Cesareia da Palestina, os santos mártires Timolau, Dionísio, Páusides, Rómulo, Alexandre e outro Alexandre, que, durante a perseguição do imperador Diocleciano, conduzidos de mãos atadas ao prefeito Urbano, confessaram ser cristãos e, poucos dias depois, foram decapitados com os companheiros Agápio e outro Dionísio, merecendo assim as coroas da vida eterna.

2. Na Mauritânia, no território actualmente da Argélia, Santo Secúndulo, que sofreu o martírio pela fé em Cristo.

3*. Em Clogher, na Hibérnia, actual Irlanda, São Mac Cairthind, bispo, que é considerado discípulo de São Patrício.

4*. Em Catânia, na Sicília, região da Itália, São Severo, bispo.

5*. Em Fabriano, no Piceno, actualmente nas Marcas, região da Itália, o Beato João del Bastone, presbítero e monge, companheiro de São Silvestre, abade.

6. Em Valdstena, na Suécia, Santa Catarina, virgem, filha de Santa Brígida, que, dada em casamento contra a sua vontade, conservou a virgindade de comum acordo com seu esposo e, após a morte dele, se consagrou à vida de piedade. Peregrina de Roma e da Terra Santa, trasladou os restos mortais de sua mãe para a Suécia e depositou-os no mosteiro de Valdstena, onde ela mesma tomou o hábito monástico.

7*. Em Ronda, na Andaluzia, região da Espanha, o Beato Diogo José de Cádis (Francisco José López-Caamaño), presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, pregador insigne e intrépido defensor da liberdade da Igreja.

8♦. Em Faícchio, localidade de Benevento, na Itália, a Beata Maria Serafina do Sagrado Coração (Clotilde Michele), virgem, fundadora da Congregação das Irmãs dos Anjos, Adoradoras da Santíssima Trindade.

9*. Em Pniewite, junto de Gdansk, na Polónia, a Beata Maria Karlowska, virgem, que, para reconduzir as jovens e mulheres indigentes e de vida dissoluta à dignidade de filhas de Deus, fundou a Congregação das Irmãs do Divino Pastor da Divina Providência.

10*. Em San Salvador, cidade de El Salvador, o Beato Óscar Arnulfo Romero Galdámez, bispo e mártir, que, tendo dedicado a sua solicitude pastoral especialmente aos pobres e oprimidos, foi assassinado em ódio à fé cristã.